Arrependimento para Vida-Parte 2
por
Rev. Sérgio Ribeiro Santos
3 – Quando o regenerado manifesta...
3.1 – Tristeza pelos seus pecados – O arrependimento não é remorso e não pode ser medido pela quantidade de lágrimas derramadas. Porém, temos evidências mais do que suficientes, de que o arrependimento produz em nós tristeza por causa dos nossos pecados. Sentimo-nos envergonhados diante de Deus e repudiamos a nossa própria maneira pecaminosa de agir (Sl. 51:4, 5 e 9; 119:128 e 136; Is. 30:22; Jr. 31:18-19; Ez. 18:30-31; 36:31; Jl. 2:12-13; Am. 5:15; Rm. 12:9; 2 Co. 7:10; Jd. 23).
3.2 – Frutos de arrependimento – A maior manifestação de um coração arrependido não é tanto a quantidade de suas palavras ou a sua comoção espiritual. A maior manifestação do arrependimento é o fruto que ele produz (Mt. 3:8). São os frutos que testificarão a nossa comunhão com Deus e o nosso desejo de serví-lo (2 Rs. 23:25; Sl. 119: 6, 59, 106; Lc. 1:6; At. 26:16-20). Estudaremos mais sobre este ponto quanto abordarmos o tema das boas-obras.
IV – Características do arrependimento
1 – Possuiu um aspecto intelectual
Como já mencionamos anteriormente, o arrependimento é a compreensão da nossa situação espiritual quando somos expostos diante da lei de Deus e da sua santidade. Entendemos as verdades de Deus e cremos nas suas promessas de perdão e restauração. Pela ação do Espírito Santo, o evangelho passa a fazer sentido para nós e então compreendemos o plano de Deus para a nossa salvação. O arrependimento não é apenas uma mera comoção espiritual ou emocional.
2 – Possui um aspecto emocional
Contudo, mesmo possuindo um ingrediente racional, o arrependimento toca o homem por inteiro. Ele se entristece por causa do seu pecado, sente vergonha de si mesmo e humilha-se diante de Deus. Por isso, dizemos que o arrependimento possui também um aspecto emocional.
3 – É uma evidência e não a base da salvação
É muito importante que observemos aqui que não é o nosso arrependimento que é a causa e a base da nossa salvação. Ele é uma evidência e uma exigência para a nossa salvação (Lc. 13:3 e 5; At. 17:30-31). Porém, esta é um ato da livre graça e amor de Deus (Ez. 16:61-63; 36:31-32; Os. 14:2 e 4; Rm. 3:24; Ef. 1:7). Nada há que façamos que nos torne merecedores da salvação, nem mesmo o nosso arrependimento.
4 – Deve continuar durante toda a vida
Não existe um pecado tão pequeno que não mereça condenação (Mt. 12:36; Rm. 5:12; 6:23; Tg. 2:10), porém, não há um pecado tão grande que traga condenação sobre aqueles que verdadeiramente se arrependem (Is. 1:18; 55:7; Rm. 8:1). Desta verdade, aprendemos que não há sequer um pecado do qual não devamos nos entristecer e não confessá-los um a um (Sl.19:13; Lc. 19:8; 1 Tm. 1 :13 e 15) ao Senhor. Porém, temos a segurança de que em todos os momentos, podemos humildemente buscar ao Senhor, descansando na sua graça, perdão e amor obtidos através da mediação e sacrifício de Cristo (Sl. 32:5-6; 51: 4, 5, 7, 9, 10; Pv. 28:13; 1 Jo. 1:9-2:2).
Da mesma forma, se pecarmos contra o nosso irmão ou contra a igreja de Cristo, devemos estar prontos para pessoalmente ou publicamente pedirmos perdão e confessarmos o nosso pecado (Tg. 5:16). Caso sejamos procurados por um irmão que peça o nosso perdão, devemos perdoá-lo, assim com fomos perdoados (Mq. 7:18-19; Mt. 6:12; Lc. 17:3-4; 2 Co. 2:7-8; Gl. 6:1-2), esquecendo-se de uma vez por todas da ofensa.
Conclusão
Certa vez Jesus contou a parábola de uma pai que chamou os seus dois filhos para ajudá-lo na vinha (Mt. 21:28-32). O primeiro disse que iria mas não foi. O segundo disse que não iria mas foi. O segundo demonstrou o verdadeiro arrependimento. Que a cada dia o Senhor conceda ao nosso coração a sensibilidade para nos entristecermos por causa do nosso pecado e humildade para buscá-lo. E àqueles que ainda estão longe, a nossa oração é que a bondade de Deus os conduza ao arrependimento.
Fim
Obs: Irmãos, estou sem o nome do site de onde procede este texto, assim que o tiver estarei passando os créditos.
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