quarta-feira, 31 de março de 2010



CRISTO SOFREU E MORREU PARA NOS LIBERTAR DOS MALES DO MUNDO ATUAL
Uma meditação sobre Gálatas 1:4



(Cristo), o qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau.

Até morrermos, ou até Cristo retornar para estabelecer seu reino, viveremos neste “presente século mau”. Portanto, quando a Bíblia declara que Cristo deu a si mesmo para “nos livrar do presente século mau”, isso não significa que ele nos tirará do mundo, mas que nos libertará do poder do mal aqui mesmo. Jesus orou por nós da seguinte forma:”Não peço que os tire do mundo, e sim que os guarde do mal” (Jo 17:15)

A razão pela qual Jesus orou pela libertação do “mal” é que este presente sáculo é a era que Satanás recebeu liberdade para enganar e destruir. A Bíblia afirma: “O mundo inteiro jaz no Maligno”(1Jo 5:19). Esse “maligno” é chamado de “o deus deste mundo”, e sua tática principal é cegar as pessoas em relação à verdade: “nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2Co 4:4)

Até que despertemos para nossa sombria condição espiritual, viveremos em sintonia com o “presente século mau” e o príncipe deste mundo: “nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Ef 2:2). Sem que soubéssemos, éramos escravos do Diabo. O que pensávamos ser liberdade era escravidão. A Bíblia se dirige diretamente ao século XXI, com seus modismos, prazeres e inclinações quando diz: “prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor” (2Pe 2:19).

O ressonante clamor por liberdade na Bíblia é: “E não vos conformeis co este século , mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Rm 12:2). Em outras palavras, seja livre, não se deixe enganar pelos gurus desta era, pois eles estão aqui hoje, e amanhã desaparecerão. Um modismo escravizador segue outro. Daqui a trinta anos, as tatuagens de hoje não serão marcas de liberdade, mas indeléveis lembranças do conformismo.


A sabedoria desta era é tola em relação à eternidade. “Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (1 Co 3:18,19). “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem” (1Co 1:18). Qual é, então, a sabedoria de Deus nesta era? É a grande morte libertadora de Jesus Cristo. Os primeiros seguidores de Jesus proclamaram: “Nós pregamos a Cristo crucificado[...] poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Co 1: 23, 24).

Quando Cristo foi para cruz, libertou milhões de cativos. Ele desmascarou a fraude do diabo e quebrou seu poder. Foi isso o que Cristo quis dizer na véspera de sua crucificação, quando afirmou: “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (Jo 12:31). Não siga um inimigo derrotado. Siga Cristo. É penoso, você será um peregrino nesta era, mas será livre.

Tudo passará muito rápido: “Para o Senhor, um dia é como mil anos e mil anos, como um dia” (2Pe 3: 8). A vida é como a neblina. Até mesmo dois mil anos de vida são uma neblina com Deus. “Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar” (Sl 103: 15,16).

Apenas uma vida, tudo em breve terá passado, e somente o que foi feito para Cristo permanecerá. Que tragédia quando deixamos de ver que Cristo, por sua morte e ressurreição, nos livrou deste presente século mau, de tudo o que poderíamos olhar para trás e dizer: tempo perdido!

Portanto, apegue-se ao evangelho de Cristo. Somente isso transportará você da neblina de sua vida terrena para a vida eterna. “Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos evangeliza” (1Pe 1: 24, 25).


Volta logo, Senhor Jesus! Enquanto o Senhor não vem , livra-nos do pecado deste mundo. Faze com que nossa curta vida possa contar para glória do teu Nome e o engrandecimento do Pai. Fixa nossa compaixão por todos os que sofrem, especialmente por aqueles que correm em direção à miséria eterna por causa da incredulidade. Assim, liberta nossos lábios, nossas mãos e nossos recursos enquanto temos fôlego de vida, e faze-nos as pessoas mais radicalmente amorosas da Terra, para alegria de todos os povos e para louvor do teu nome. Amém



Extraído do livro: A Vida é Como a Neblina / meditações para revigorar a fé, de John Piper

Copyright: © Editora Mundo Cristão 2005.

sábado, 27 de março de 2010

Paul Washer - Seus olhos são bons? (1)

Seus olhos são bons? (1)



Por Paul Washer
“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” Mateus 6:19-24
Esta é uma das passagens mais importantes na Bíblia no que diz respeito a prioridades e missões. De acordo com esta Escritura, os cristãos devem estar sempre alertas para não se desviarem das prioridades eternas. Duas escolhas sempre estão diante de nós. Uma escolha oferece recompensas imediatas que são temporais e enganosas. A outra é uma estrada estreita que pode nos custar tudo, mas as recompensas são eternas e estão além da capacidade de descrição até mesmo da Bíblia.

O Tesouro de Deus

Se nós soubéssemos o que é mais precioso para Deus, então nós saberíamos o que deve ser mais precioso para nós – o tesouro de Deus e o nosso deveriam ser o mesmo. Foi exatamente isso que fez a vida de Jesus tão diferente da vida de todos os outros homens. Ele estimava apenas o que o Seu Pai estimava. Que Deus nos dê a graça de fazer o mesmo.
Qual é o maior tesouro de Deus? Mesmo com uma leitura superficial da Bíblia podemos descobrir rapidamente que a prioridade de Deus é a Sua própria glória. Ele deseja que cada aspecto do Seu ser, Seus atributos e Suas obras sejam divulgadas e conhecidas por toda a criação e que todos adorem e honrem somente a Ele. Considere as seguintes passagens das Escrituras:
“Mas, desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o meu nome;”
Malaquias 1:11
“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;”
Mateus 6:9-10
O maior desejo e o maior tesouro de Deus é ver Seu Nome na mais alta estima entre as nações e entre todas as criaturas no céu e na terra. À primeira vista, pode parecer egoista, mas as primeiras impressões frequentemente são muito decepcionantes. No entanto, Deus buscar Sua glória acima de todas as coisas é a maior demonstração do Seu amor.
A profundidade do amor de alguém muitas vezes é demonstrada pelo preço elevado do presente que essa pessoa dá. Se alguém te der um galho ou um pedacinho de tijolo, isso não seria uma demonstração de amor impressionante. Você não correria pra avisar à mídia, nem juntaria seus amigos pra contar pra eles a respeito deste grande amor que foi demonstrado pra você. Não seria algo que você se lembraria por muito tempo, menos ainda, isso não seria algo que você guardaria no seu coração todos os dias da sua vida. Entretanto, se alguém deu a própria vida para que você pudesse viver, aí sim haveria tal reação. Seria uma história que mereceria a atenção da mídia, e seus amigos certamente iriam gostar de ouvir tudo sobre isso. Você estimaria tal ato altruísta de amor todos os dias da sua vida. Então, a medida do amor de alguém é frequentemente manifestada pela grandeza do presente dado por este alguém.
Agora precisamos fazer a nós mesmos uma pergunta: “qual é o maior presente que Deus poderia nos dar?”. Não é prosperidade, saúde nem mesmo o céu. Ele mesmo é o maior presente. A coisa mais amorosa que Deus pode fazer por Suas criaturas é trabalhar de uma forma tal para revelar ou demonstrar a completude de Sua glória para eles – tomar o centro do palco e chamar todas as criaturas para fixarem seus olhos e corações nele mesmo. Por isso mesmo, quando Deus faz o que Ele faz para sua própria glória, esta é a maior demonstração de Seu amor pela criatura.
O contrário disto é igualmente verdadeiro. As criaturas mais pobres e lamentáveis são aquelas que não conhecem Deus, aquelas que não têm conhecimento de Sua glória, e estão destituídas de Sua Verdade. As Escrituras declaram que Deus colocou a eterninade nos corações dos homens (Eclesiastes 3:11). Este aspecto infinito do coração só pode ser preenchido pelo infinito. O homem pode derramar em seu coração toda a fama, riqueza, poder e prazer que este mundo tem para oferecer, mas ele ainda assim continuará vazio. Eternidade não pode ser preenchida pelas coisas temporais, nem pode o infinito ser satisfeito pelo finito. O coração do homem foi feito para a medida completa da glória de Deus. Sem isso, o homem está desamparado, miserável e vazio.
Em resumo, o tesouro de Deus, seu maior desejo e propósito, é que Seu Nome seja grande entre as nações, é que seu nome seja santificado (grandemente estimado), que venha o Seu Reino, e que seja feita a Sua vontade! Porém, precisamos perguntar a nós mesmos, “É este nosso maior propósito e paixão?”
Nós ficamos acordados à noite e nos preocupamos com tantas coisas. Nós nos preocupamos e ficamos ansiosos com tantas coisas. Nós desejamos as coisas apaixonadamente, fanaticamente, até ao ponto da obsessão: casas e terras, empregos e promoções, fama e reputação, necessidades, e vontades, e outras incontáveis coisas. Mas quando foi a última vez que o sono fugiu de nós por causa da nossa preocupação com as nações que não ouviram falar? Quando foi a última vez que ficamos com o coração quebrado porque há lugares nesta terra onde o Nome de Deus não é santificado, Seu Reino avança tão lentamente, e Sua Vontade não é o principal nos corações dos homens? Nos nos gastamos e suamos por causa de tantas coisas, mas nós já gastamos algum pensamento pra saber o que é mais importante na mente de Deus?

(Continua na Parte 2)


Fonte: iPródigo


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Paul Washer - Seus Olhos são Bons? (2)

Seus olhos são bons? (2)




por Paul Washer

O Aviso de Cristo

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam”
Neste versículo, Jesus está chamando para uma decisão radical por parte de seus discípulos a se arrependerem do materialismo mundano e dirigirem seus corações para Deus e Seu reino. Embora a Bíblia não classifique a riqueza como boa nem como ruim, ela nos avisa que o amor à riqueza é um grande mal (I Timóteo 6:10) e que a busca e o acúmulo de riqueza só nos levam à perda e vergonha no dia do juízo (Tiago 5:2-3).
Independentemente dos avisos que percorrem toda a Bíblia, parece que o desejo por riqueza é quem mais compete com Deus pelos corações dos homens. É irônico que, embora a maior parte das pessoas gaste a maior parte do tempo “valorizando tesouros”, pouquíssimos deles realmente já “possuíram tesouros”. E aqueles raros indivíduos que realmente obtiveram seus tesouros aqui na terra rapidamente se cansaram desses tesouros depois que os conquistaram. Não é uma grande tolice trocar os gloriosos presentes de Deus por tesouros terrenos que nós raramente conseguimos obter, e se por acaso nós conseguimos, nós rapidamente enjoamos deles?
Diga uma coisa neste mundo que seja altamente cobiçada pelos homens e nós podemos avaliar rapidamente seu verdadeiro valor com uma pergunta simples: “Isso é eterno?”. Se for, vale a pena ser obtido ainda que isso custe todas as outras coisas. Se não for, seu valor é equivalente ao do pó que isso vai virar. Buscar por tal coisa é um desperdício patético de vida humana.

A Admoestação de Cristo

“mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;”
As Escrituras não falam contra tesouros ou a busca de tesouros, mas ela fala contra o desperdício insensato da vida que Deus nos deu na vã perseguição de coisas que não têm valor eterno e nunca poderiam saciar o desejo infinito do coração por eternidade. Em Isaías 55:2, a Bíblia balança perplexa sua cabeça para os hoens que buscam pelo temporal à custa do que é eterno:
“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz?”
Nada, exceto a pessoa e a vontade de Deus, pode preencher o homem. O único tesouro que vale a pena ter é aquele que é eterno e vem de Deus. Tal tesouro é encontrado apenas ao se fazer a Sua vontade, vivendo para Sua glória e buscando o Seu Reino. Deus não prometeu cuidar de nós? Ele não prometeu suprir nossas necessidades? Ele não se mostrou capaz e disposto a encher Seus filhos de bênçãos e não lhes reter nada de bom? Por que, então, nós colocamos nossas buscas terrenas à frente da busca de Deus e à frente das buscas de Deus? Nossa única obrigação é também nosso único meio de verdadeiramente viver uma vida abundante e satisfatória – “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça” (Mateus 6:33). Céu e terra passarão, os produtos inferiores deste mundo serão queimados no fogo como feno, madeira e palha (I Coríntios 3:12-15). No entanto, o homem que faz a vontade de Deus permanece para sempre e suas obras durarão para a eternidade (I João 2:17). Não haverá arrependimento no céu por se ter vivido “demais” para o reino de Deus, mas nós podemos garantir que haverá grandes arrependimentos por ter vivido “tão pouco”.

A Verdade Inegável

“porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”
De vez em quando nas Escrituras, somos confrontados por certas declarações que abrem nossos corações e revelam a verdade sobre nosso caráter e nossos desejos. O versículo acima é uma dessas declarações. Independentemente da frequência ou da força com que declaramos que Deus e seu Reino são nosso maior desejo, o verdadeiro desejo de nossas vidas pode ser revelada pela menor e mais simples das perguntas: onde está nosso coração? O que ocupa nossos pensamentos acima de todas as outras coisas? O que almejamos? Podemos dizer de verdade que Deus e Seu Reino são nossa paixão?
E se um estranho que não conhecesse nossa confissão cristã observasse nossas vidas e lesse nossos pensamentos? Ele estaria convencido de que Deus e Seu Reino são nossas duas maiores prioridades? Ele escutaria uma conversa quase constante sobre as misericórdias de Deus e o avanço de Seu Reino?
Ele nos ouviria orar com paixão pelas nações não evangelizadas? Ele nos veria passando noites em claro porque o Nome de Deus não é altamente estimado entre todos os povos, porque Seu Reino ainda não cobriu toda a Terra, ou porque Sua vondade não é obedecida ou sequer conhecida pela grande maioria dos homens?
Se fôssemos honestos, seríamos forçados a admitir que ele nos ouviria falar sobre casas e terras, carros e brinquedos, recreação e hobbies. Ele nos veria obcecados com preocupações mundanas, vontades e prazeres. Ele ouviria muito pouco sobre Deus em nossa conversa diária, veria pouca atividade dirigida ao avanço do Reino, e pensaria que seria absurdo se alegássemos que nosso tesouro está no céu!


Fonte: iPródigo


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Paul Washer - Seus Olhos São Maus (3)

Seus olhos são bons? (3)


por Paul Washer

Olhos bons

“São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”
Ao dizer que os “olhos são a lâmpada do corpo”, Jesus não está nos instruindo sobre a fisiologia humana, mas em vez disso está nos ensinando a respeito da grande influência que os nossos desejos exercem sobre as nossas vidas. Nosso corpo vai onde nossos olhos estão focados, e nossos olhos terão o foco naquilo que o nosso coração deseja. Se nosso coração deseja coisas mundanas, então coisas mundanas serão o nosso foco e é isso que vamos perseguir. Porém, se nosso coração verdadeiramente deseja as coisas de Deus, então nossos olhos vão estar fixos nestas coisas, e nós vamos persegui-las apaixonadamente. Os olhos bons são uma simples visão sem confusão e sem duplicidade. Como A. T. Robertson escreveu, “se nossos olhos são saudáveis, podemos ver claramente e com um só foco. Se os olhos forem doentes (maus, ruins), vesgos ou estrábicos, nós vemos em dobro e confundimos nossa visão. Mantemos um olho no acúmulo de tesouros terrenos e rolamos o outro orgulhosamente para o céu” (Word Pictures).
Como discípulos de Jesus Cristo, somos chamados a ter um só coração e um só propósito. Somos chamados a buscar primeiro o Reino de Deus e confiar todas as nossas necessidades mundanas ao Mestre. Ele sabe o que nós precisamos antes mesmo de pedirmos a Ele, e está disposto a fazer boas coisas pelos Seus filhos.

Dois Mestres

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.”
Jesus ensinou muito sobre dinheiro. A razão é simples – Neste mundo caído, o dinheiro parece ser o maior concorrente de Deus pelos corações dos homens. Se, pela graça, um homem se liberta do amor e da busca por riquezas, ele se abre para a possibilidade de devoção exclusiva a Deus.
O homem, depois da queda, é escravo de alguém. A questão não é se um homem é ou não um escravo, mas de quem ele é escravo? Alguns homens são escravos de outros homens, alguns são escravos de si mesmos, e outros são escravos de coisas como dinheiro, segurança, respeitabilidade. Outros homens se entregam a buscas vãs, prazeres decepcionantes ou algo tão “inofensivo” como um hobby. A lista é quase infinita, mas Cristo nos chama para fugirmos de tal escravidão e nos voltarmos, de todo o coração e sem reservas, a Ele.
Embora o a Escritura acima nos ensine que é IMPOSSÍVEL servir a Deus e às riquezas, a aplicação vai muito além. Não podem haver competidores no coração do crente. Devemos inquirir constantemente nossas vidas e procurar por lealdades que competem entre si. Quando encontrarmos, devemos ter cuidado para lidar com elas de forma severa. Não podemos dar a elas a menor compaixão. Se as pouparmos, vão se tornar farpas em nossos olhos e espinhos nas nossas costas (Números 33:55). Não podemos servir verdadeiramente a Deus enquanto essas coisas estiverem penduradas em nossos corações. Nem mesmo aquelas coisas mais preciosas a nós podem ser poupadas de nossa censura. Jesus ensinou que é melhor, para nossa mão direita e para nosso olho direito, sofrer uma mutilação violenta, em vez de se tornarem obstáculos para o verdadeiro discipulado (Mateus 5:29-30). Temos que jogar fora qualquer coisa que nos afaste dEle e de Seus Propósitos. Nossas vidas estão na disputa e a eternidade está em jogo! o Expositor’s Bible Commentary conclui:
“Ambos, Deus e dinheiro, são retratados não como empregados, mas como proprietários de escravos. Um homem pode trabalhar para dois empregadores; mas uma vez que ‘propriedade individual e serviço de tempo integral são a própria essência da escravidão’ (Tasker), este homem não pode servir a dois donos de escravos. Ou Deus é servido com uma devoção completa, ou ele não é servido de forma alguma. Tentativas de uma lealdade dividida traem, não com um compromisso parcial ao discipulado, mas com um profundo compromisso com a idolatria.”


Fonte: iPródigo


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A Igreja Local

por irmão James

Nosso irmão Daniel Savedra, assim afirma, toda a estrutura humana é uma estrutura de poder e domínio, quando nos reunimos como grupo humano, seja em que termos for, sempre partimos da necessidade de controle e de construção de símbolos que nos identifique;

Jesus falou sobre isso quando diz que no mundo a forma de governo é aquela que diz respeito ao domínio da força, portanto, qualquer estrutura que represente esse tipo de organização, o domínio pela força, seja essa força física ou de outra forma, esta fora daquilo que Jesus chamou de Sua Igreja.

Jesus disse que a forma de Sua Igreja seria uma comunidade de servos, que se reuniriam em nome dEle [Mateus 18.20], para Sua glória.

Quando Jesus sobe aos céus duas estruturas se formam, a da Igreja de Jerusalém e a das comunidades formadas por Paulo.

Na primeira eles se reuniam ainda no Templo, mas era nas casas que aconteciam a comunhão daqueles que eram do Caminho, era assim que os cristãos se reconheciam antes de serem denominados cristãos [Atos 5.42];

No caso de Paulo, ele usará a estrutura da sinagoga judaica para se reunir, mas isso era uma estratégia já que eles tinham conhecimento da Lei de Deus.

Quando a Igreja se separa do movimento judaico, a estrutura organizacional vai ser mais parecida com a sinagoga e com características gregas. Dessa forma a estrutura não era o principal nesse momento, mas duas coisas foram deixadas claras pelos escritores do Novo Testamento:

- primeiro, eles reforçaram a idéia de que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas [Atos 17];

- segundo, que o homem era o templo de Deus na pessoa do Espírito Santo [1Coríntios 6].

Dessa forma a comunidade de Jesus, a Igreja, se dava na reunião dos discípulos, ou seja, daqueles que estavam andando da forma com que Jesus ensinou;

Não era o lugar onde se ia, os discípulos antigos nunca usaram expressões referentes a igreja como algo fora deles, isso é pagão, esta idéia se reforçou com a instituição da religião cristã como oficial do império Romano (cristianismo) e com a construção de templos.

Essa compreensão estava de acordo com as profecias que dizem respeito a morado do Espírito no crente, dessa forma Deus não se manifestaria mais em lugares geográficos (templo) e sim na vida do crente!

A visão correta de Igreja, hoje, nos ajuda de duas formas:

- primeiro nos liberta de ídolos humanos (a “igreja” como lugar que se vai e não aquilo que se é); e,

- segundo, do controle e poder que se formou a partir da idéia de um clero especial. A reforma protestante trouxe novamente a idéia do sacerdócio universal de todo o crente, mas as estruturas institucionais impediram que essa reforma fosse mais profunda nas questões referentes ao entendimento da reunião da igreja. Ainda temos muito forte a idéia de um clero especial e de um lugar especial como fundamental para a existência da Igreja.

A Igreja se define como comunidade dos que caminha no exemplo de Cristo, dos crentes em Jesus, que podem se reunir de várias formas e onde todos são sacerdotes [1Pedro 2.9; Apocalipse 1.6], mas, as denominações evangélicas distorcem o verdadeiro sentido de união, por assim dizer, conforme nos faz lembrar a afirmação de Richard C. Halverson, quando diz:

"No início, a igreja era um grupo de homens centrados no Cristo vivo. Então, a igreja chegou a Grécia e tornou-se uma filosofia. Depois, chegou a Roma e tornou-se uma instituição. Em seguida, a Europa e tornou-se uma cultura. E, finalmente, chegou a América e tornou-se um negócio"...

... e, no Brasil, tornou-se em exploração da fé!


Fonte: SolasCriptura 

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Paul Washer - Introdução Ao Evangelho ( 1 )

INTRODUÇÃO AO EVANGELHO (1)

por Paul Washer
“Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.”
(1 Coríntios 15:1-4)
Um escritor ou pregador seria duramente pressionado se tivesse que produzir uma introdução ao Evangelho de Jesus Cristo que fosse melhor do que esta que é dada aqui pelo Apóstolo Paulo à igreja em Corinto. Nestas poucas linhas, ele nos dá verdade o suficiente para viver uma vida inteira e para nos levar de volta ao nosso lar de glória. Somente o Espírito Santo poderia capacitar um homem a escrever tanto, tão claramente, em tão pouco espaço. 

Um Evangelho Para Todos

“Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho…”
(1 Coríntios 15:1)
Nesta frase simples, encontramos uma verdade que precisa ser redescoberta por todos nós. O Evangelho não é meramente uma mensagem introdutória ao Cristianismo. Ele é “A” mensagem do Cristianismo, e não apenas no que diz respeito à salvação, mas também no que fala sobre a contínua santificação na vida do crente mais maduro.
O Apóstolo já havia pregado o Evangelho a estas pessoas! Ele foi o pai delas na fé![1] Ainda assim ele vê a maior necessidade de continuar ensinando o Evangelho para eles, não apenas para lembra-los dos ingredientes essenciais, mas também para expandir o conhecimento deles sobre isso. Na conversão deles, eles apenas começaram uma jornada de descobertas que abrangia a vida deles por inteiro e que irá continuar pelas eras sem fim da eternidade – a descoberta das glórias reveladas no Evangelho de Jesus Cristo.
À medida que olhamos para os registros da história Cristã, vemos homens e mulheres de uma paixão incomum por Deus e por Seu reino. Nós queremos ser como eles, e imaginamos como eles vieram a ter um fogo tão duradouro. Eu estudei as vidas de vários deles, e pude encontrar um denominador comum entre eles. Todos parecem ter tido um vislumbre da glória do Evangelho, e a beleza desse Evangelho acendeu sua paixão e os dirigiu a continuar. Paixão genuína e duradoura vem de um entendimento do que Deus fez por Seu povo na pessoa e na obra de Jesus Cristo! Esse entendimento é sempre crescente e sempre, e cada vez mais, aprofundado.
Hoje há tantas conferências e coisas assim, especialmente para os nossos jovens, que são planejadas para excitar a paixão do crente por meio da comunhão, música, preletores eloqüentes, histórias emocionais e fundamentos apaixonados. Ainda assim, frequentemente qualquer excitação que essas conferências criam, rapidamente desaparecem. No fim, pequenos fogos foram construídos em pequenos corações que se consomem em uns poucos dias. Nós esquecemos que a paixão genuína e duradoura nasce do conhecimento que alguém tem da verdade, e especificamente da verdade do Evangelho. Quanto mais uma pessoa compreende a beleza do Evangelho, mais essa pessoa vai ser atraída pelo seu poder. Um vislumbre do Evangelho vai mover o coração verdadeiramente regenerado a seguir. Cada vislumbre maior vai aumentar a velocidade até que essa pessoa esteja correndo sem medo em direção ao prêmio. Um coração de um Cristão verdadeiro não pode resistir a tal beleza. Esta é a maior necessidade do dia! Isso é o que nós perdemos – a pregação do Evangelho.

[1] 1 Coríntios 4:15
[2] 1 Coríntios 1:21

(vai continuar na parte 2)

Traduzido por Daniel TC | iPródigo 

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quarta-feira, 17 de março de 2010

John Piper - Como Experimentamos o Amor de Deus no Coração?


Como Experimentamos o Amor de Deus no Coração?


por John Piper


Experimentar o amor de Deus, e não apenas pensar sobre este amor, é algo que devemos desejar com todo o coração. É uma experiência de grande alegria porque nela provamos a própria realidade de Deus e de seu amor. É o fundamento de profunda e maravilhosa segurança — a segurança de que nossa esperança “não confunde” (Rm 5.5). Esta segurança nos ajuda a nos gloriarmos “na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2); e nos conduz através das intensas provas de nossa fé.

Esta experiência do amor de Deus é a mesma para todos os crentes? Não. Se todos os crentes tivessem a mesma experiência do amor de Deus, Paulo não teria orado em favor dos crentes de Éfeso: “A fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (Ef 3.18,19). Ele pediu isto porque alguns (ou todos!) eram deficientes em sua experiência do amor de Deus, em Cristo. E podemos supor que não somos todos deficientes na mesma medida em que o eram os crentes de Éfeso.

Como podemos alcançar a plenitude da experiência do amor de Deus, derramado em nosso coração pelo Espírito Santo? Uma das chaves para isso é compreendermos que esta experiência não é semelhante à hipnose, ao choque elétrico, às alucinações induzidas por drogas ou uma boa medida de calafrios. Pelo contrário, tal experiência é mediada pelo conhecimento. Não é o mesmo que conhecimento, mas vem por meio deste. Expressando-o de outra maneira, esta experiência do amor de Deus é obra do Espírito Santo dando-nos gozo indizível em resposta às percepções da mente a respeito da manifestação desse amor na pessoa de Jesus Cristo. Deste modo, Cristo recebe a glória pelo gozo que desfrutamos. É um gozo naquilo que vemos nEle.

Onde você pode ver isto nas Escrituras? Considere 1 Pedro 1.8: “A quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória”. Aqui temos uma experiência de grande e indescritível gozo — um gozo além de quaisquer palavras. Não se fundamenta em uma visão física de Cristo. Está fundamentada em crer em Cristo. Ele é o foco e o conteúdo da mente neste gozo indescritível.

De fato, 1 Pedro 1.6 afirma que o gozo, em si mesmo, está “na” verdade que Pedro está declarando sobre a pessoa de Cristo — “Nisso exultais”. Ao que se refere o termo “isso”? À verdade de que:

1) em sua grande misericórdia, Deus “nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (v. 3);

2) obteremos “uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível” (v. 4); e

3) somos “guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (v. 5). Em tudo isso, exultamos “com alegria indizível e cheia de glória” (v. 8).

Sabemos algumas verdades. E nos regozijamos nisso! A experiência de uma alegria indizível é uma experiência mediada. Ela vem por intermédio do conhecimento de Cristo e de sua obra. Tal experiência possui um conteúdo.

Considere também Gálatas 3.5: “Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?” Sabemos, com base em Romanos 5.5, que a experiência do amor de Deus acontece por meio do “Espírito Santo, que nos foi outorgado”. Mas Gálatas 3.5 nos diz que a concessão do Espírito tem conteúdo. Ela se realiza por meio da “pregação da fé”. Há duas coisas: a pregação e a fé. Existe a pregação da verdade a respeito de Cristo e a fé nessa verdade. É desta maneira que o Espírito é concedido. Ele vem por meio de conhecer e crer. A obra dEle é uma obra mediada. Tem conteúdo mental. Acautele-se de buscar o Espírito com esvaziamento de sua mente.

De modo semelhante, Romanos 15.13 afirma que o Deus da esperança nos enche com alegria e paz, “no crer”. E o crer tem conteúdo. O amor de Deus é experimentado em conhecermos e crermos em Cristo, porque Romanos 8.39 diz que o amor de Deus “está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Nada poderá “separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Portanto, faça quatro coisas: olhe, ore, renuncie e desfrute.

1. Olhe para Jesus. Considere a Jesus Cristo. Medite na glória e na obra dEle, não de modo casual, e sim intencional. Pense sobre as promessas que Ele fez e assegurou por meio de sua morte e ressurreição.

2. Ore para que Deus abra seus olhos, a fim de contemplarem as maravilhas do amor dEle nestas coisas.

3. Renuncie todas as atitudes e comportamentos que contradizem esta demonstração do amor de Cristo por você.

4. Desfrute a experiência do amor de Deus derramado em seu coração, pelo Espírito Santo.


Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra
, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

quarta-feira, 3 de março de 2010

John Piper - O QUE SÃO OS “OLHOS MAUS” EM MATEUS 6:23?

O QUE SÃO OS “OLHOS MAUS” EM MATEUS 6:23?
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17 de Agosto de 2005
por John Piper


Um versículo em Mateus é um pouco difícil de entender. Ele parece destoar no Sermão da Montanha, com pouca conexão com o que se passa antes e depois:


“São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” Mateus 6:22-23


Antes dele: o conhecido ditado sobre não acumular tesouros na terra:


“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mateus 6:19-21


Depois dele: o familiar também, falando sobre não servir a Deus e dinheiro:


“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às ri-quezas.” Mateus 6:24


Portanto, as palavras antes e depois Mateus 6:22-23 lidam com o tesouro ou dinheiro. Na verdade, o primeiro poderia fluir muito bem no segundo se simplesmente deixado de fora a inter-venção dos versos 22-23. A essência seria "Entesourar Deus no céu, não o dinheiro na terra... Por-que não se pode servir a dois senhores, Deus e o dinheiro." Então, por que Jesus liga estas duas palavras sobre o dinheiro e Deus com uma frase sobre o olho bom e o olho mal?”


A chave é encontrada em Mateus 20:15. Jesus tinha acabado de contar a parábola dos trabalhadores na vinha. Alguns deles tinham acordado para trabalhar 12 horas por um denário. Alguns contratados às 9 horas. Outros mais tarde. Por último, alguns foram contratados às 17 horas. Quando o dia terminou às 18 horas, pagou a todos os trabalhadores a mesma quantia, um dená-rio. Em outras palavras, ele foi abundantemente generoso para aqueles que trabalharam apenas uma hora, e ele pagou o montante combinado para aqueles que trabalharam doze horas.


Aqueles que trabalharam o dia todo, “murmuravam contra o dono da casa." (Mateus 20:11). Eles estavam furiosos que aqueles que trabalharam tão pouco foram pagos tanto. Então o senhor usou uma frase sobre o "olho mau", que é mesma usada em Mateus 6:23. Ele disse: "Porven-tura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?" (Mateus 20:15).


Infelizmente aquela última é uma paráfrase total, não uma tradução. "Ou você está com in-veja minha generosidade" é uma paráfrase muito livre de "Ou o seu olho é mau porque eu sou bom (ἐὰν δὲ ὁ ὀφθαλμός σου πονηρὸς ᾖ, ὅλον τὸ σῶμά σου σκοτεινὸν ἔσται. εἰ οὖν τὸ φῶς τὸ ἐν σοὶ σκότος ἐστίν, τὸ σκότος πόσον - ë ho ophthalmos sou ponëros estin hoti egö agathos eimi?) O "o-lho mau" aqui é um paralelo do "olho mau" em Mateus 6:23.


O que se refere o olho mal em Mateus 20:15? Refere-se a um olho que não pode ver a bele-za da graça. Ele não pode ver o brilho de generosidade. Ele não pode ver bênção inesperada para os outros como um tesouro precioso. É um olho que é cego para o que é verdadeiramente belo e brilhante e precioso e divino. É um dos olhos do mundo. Ele vê o dinheiro e recompensa material como mais desejável do que uma bela exibição da livre, graciosa, generosidade Divina.


Isso é exatamente o que o olho mal significa no capítulo seis do Sermão da Montanha. E que dá significado versos 22-23 uma adequação perfeita entre um texto do verdadeiro tesouro (vs. 19-21) e a necessidade de escolher entre o domínio de Deus e do domínio do dinheiro (v. 24).
Assim, o fluxo do pensamento iria assim: “Não acumulem tesouros na terra, mas ajuntai te-souros no céu”. Mostre que seu coração é fixado no valor que Deus é para você em Cristo. Verifi-que se o seu olho é bom, não é mau. Isto é, certifique-se de ver o tesouro celestial como infinita-mente mais precioso que o tesouro material. Quando o olho vê as coisas desta maneira, você está cheio de luz. E se você não vê as coisas desta maneira, mesmo a luz que você acha que vê (o brilho, a carne, a pele e o músculo do mundo) é tudo escuridão. Você é um sonâmbulo na vi-da. Você está servindo o dinheiro como um escravo, mesmo sem conhecê-lo, porque ele tem te embalado para dormir. Muito melhor é deixar-se influenciar pela verdade, o valor infinito de Deus.


Portanto, se você é emocionalmente atraído mais por coisas materiais do que por Cristo, ore para que Deus lhe dê um olho bom e desperte-o da cegueira do "olho mau".

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Por John Piper © Desiring God. Website: desiringGod.org
Original: What Is the "Bad Eye" in Matthew 6:23? Tradução: Voltemos ao Evangelho

segunda-feira, 1 de março de 2010

C. J. Mahaney - Humildade, Verdadeira Grandeza

C. J. Mahaney - Humildade, Verdadeira Grandeza

A humildade atrai a atenção de Deus. Em Isaías 66.2 lemos as seguintes palavras do Senhor:
O homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra.
Esta profunda passagem nos direciona a uma motivação e a um propósito totalmente diferente a respeito da humildade. Uma motivação e um propósito que jamais encontraremos nas páginas de um manual de negócios. Nessa passagem, encontramos motivação e propósito alicerçados no impressionante fato de que a humildade atrai o olhar de nosso Soberano Deus.

Se entendermos as circunstâncias em que esta passagem foi escrita, encontraremos um significado ainda mais rico. Aqui, Deus se dirige aos israelitas, um povo com uma identidade única. Escolhidos por Deus, dentre todas as nações da terra, eles possuíam tanto o templo quanto a Torá – a Lei de Deus. Mas, não tremeram da palavra de Deus. Em certo sentido, eles tinham tudo a seu favor, exceto o mais importante. Eles não eram humildes diante de Deus.

Então, nessa passagem, Deus, em sua misericórdia, tira a atenção dos israelitas da orgulhosa suposição de serem privilegiados como escolhidos de Deus, e da preocupação que eles tinham com os adornos da religião. Estas coisas não atraem seu olhar ativo e gracioso, mas a humildade o faz.

Os olhos de Deus constituem um tema por toda a Escritura. Veja, por exemplo, as palavras de 2 Crônicas 16.9: “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele”. Obviamente, Deus não tem olhos físicos; “Deus é espírito” (João 4.24). Ele não precisa de olhos físicos porque é onisciente. Nada escapa à sua atenção. Ele está ciente de todas as coisas.

No entanto, embora conheça tudo, Ele procura por algo em particular, algo que atue como um ímã para capturar sua atenção, e O convide a se envolver conosco de forma ativa. Deus é, decididamente, atraído pela humildade. Uma pessoa humilde é aquela que atrai a atenção de Deus, e, neste sentido, atrair a atenção dEle também significa atrair sua graça – sua bondade imerecida. Pense nisto: há uma coisa que você pode fazer para atrair mais da força e ajuda graciosa, imerecida e sobrenatural de Deus!

Que promessa! Atente mais uma vez para esta passagem tão conhecida: “Deus... dá graça aos humildes” (Tiago 4.6). Ao contrário do que algumas pessoas acreditam, Deus não auxilia “os que ajudam a si mesmos”, mas os que se humilham.

Essa é a promessa da humildade. Deus é, pessoal e providencialmente, defensor dos humildes. E a graça que Ele estende aos humildes é indescritivelmente valiosa. Jonathan Edwards escreveu: “Os prazeres da humildade são os mais refinados, íntimos e primorosos deleites no mundo”. O propósito deste livro é ajudá-lo a receber e experimentar esses excelentes prazeres.



Por C.J. Mahaney. © Sovereign Grace Ministries. Website: sovereigngraceministries.org 
Excerto do Livro: Humildade, Verdadeira Grandeza. Disponibilizado pela Editora Fiel